sábado, 27 de dezembro de 2008

Enredo 2009: " Bem ou Mal, isso é carnaval"


G.R.E.S.V. ESTRELA DALVA

PRESIDENTE: JORGINHO DA IMPERATRIZ

DIRETOR DE CARNAVAL: RODRIGO FERREIRA

CARNAVALESCO: JOHNATHAN AVELINO

Carnaval...

De arlequins, pierrôs e colombinas...

De entrudos, limões de cheiro, e bisnaguinhas
De confetes e serpentinas.

De bailes de máscaras parisienses

De passeios de carruagens pela burguesia

De luxo das grandes sociedades

De ranchos, blocos, cordões.


Carnaval...


De tia Ciata

De barrigadas, e festas de terreiros.

De praça onze

Do surgimento das pioneiras, Estácio e Mangueira.

Da Águia campeã do carnaval


Carnaval...


De desfiles inesquecíveis

De Xica da Silva mudando rumos

Da raça e luta de Kizomba

Da luta por liberdade de expressão que imortalizou Joãozinho 30

Da explosão de alegria do Ita


Carnaval...


De luxo pelo luxo

De samba padronizado

De plumas e mais plumas

De excesso de coreografias

De torcidas organizadas


Ó meu carnaval de altos e baixos,

Sabemos dos seus problemas

Temos saudades dos grandes desfiles

Onde a garra do componente

E a originalidade falava mais alto

Hoje o luxo e técnica predominam.


Hoje só quero que minha escola brilhe

Relembre o inicio de tudo

Faça um desfile inesquecível

E que ao final grite “É CAMPEÃ!”.


Autor: Johnathan Avelino (carnavalesco).



quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Saiu nesse domingo dia 28 de setembro de 2008 a ordem do desfile do grupo de avaliação, teremos 8 concorrentes em busca das 2 vagas das escolas promovidas para o grupo de acesso para o ano que vem, tenho certeza que a bateria do Mestre Dantas está afinadinha, o nosso Patrono Henrique César investindo alto na escola, nosso Diretor de Carnaval preparando um carnaval belíssimo, o Marco Mano comandando os compositores, e todas as alas de comunidade estão ensaiando todos os dias na nossa quadra!

1 - ÁGUIA IMPERIAL
2 - UNIÃO INDEPENDENTE DA BAIXADA
3 - ESTRELA DALVA
4 - UNIDOS DO COLUBANDÊ
5 - ROSA DE OURO
6 - RENASCENÇA DO SAMBA
7 - IMPÉRIO REAL I
8 - ÁGUIA REAL
9 - ACADÊMICOS DO SAMBA


Grato,

Jorginho da Imperatriz - Presidente da Agremiação.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

 LUÍS FERNANDO JR. - G.R.E.S.V. ESTRELA DALVA 2008


COMPOSITOR: LUÍS FERNANDO JR.


Vem com a Estrela Dalva,
Voar numa história de emoção...
No verde recanto do sul,
Pousar na fonte de inspiração...
Em uma fazenda buscava a paz,
Um homem empreendedor...
Bem sucedido de fibra e valor.
Um dia pela mata então,
Ouviu do fazendeiro uma grande lição.

-Saí à caça, mirei na gralha azul,
E quase caí em desgraça... (BIS)
A bela ave dizia...
Que tamanha covardia!


Um bicho inofensivo,
Que entoa o lindo cantar,
Ajuda a floresta de pinheiros aflorar...
Mostrou que é preciso,
A fauna e a flora preservar!
Virei um grande aprendiz,
E despertei para uma nova visão...
Tornei-me um plantador,
Semeando nessa terra a paixão...

A Estrela Dalva,
Dá um brado de alerta! (BIS)
O ser humano deve repensar...
E a natureza, amar!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sinopse Enredo 2008

G.R.E.S.V. Estrela Dalva

Enredo 2008: “Gralha Azul, símbolo de uma nação”.

PRESIDENTE : JORGINHO DA IMPERATRIZ
PATRONO : HENRIQUE CÉSAR
VICE PRESIDENTE: DANILO HENRIQUE
DIRETOR DE CARNAVAL: RODRIGO FERREIRA
CARNAVALESCO: KAUÊ MIRON


Sinopse


Chegou à fazenda dos Pinheirinhos, Fidêncio Silva, um grande homem de negócios, com casa matriz em Curitiba e filial em Ponta Grossa. Veio em busca de repouso, necessitava urgentemente afastar-se dos alvoroços dos negócios. Fidêncio era parente afastado da esposa de José Fernandes.

Não tardou, para aquele homem desgastado por inúmeros compromissos, sorvesse o ar puro e varrido da campanha guarapuavana.
José Fernandes tinha o recebido com muita pompa, como merecia o ilustre visitante. Pôs os Pinheirinhos à disposição do seu hóspede pelo tempo que desejasse. Não precisou falar duas vezes, lá encontrava-se Fidêncio, com alma livre como passarinho, à sombra do pomar, folheando um livro, ou não fazendo nada mesmo. Passeios não lhe faltavam, por vezes ia ao rodeio, caminhava volteando o rincão... Um dia passarinhava pelos capões, noutro corria a vizinhança para trocar um dedo de prosa com os caboclos e até pescaria, se quisesse, poderia fazer no picuiry, três léguas sertão adentro. E, assim, transcorreram trinta dias agradabilíssimos, que Fidêncio Silva tinha programado para passar nos Pinheirinhos.
E assim foi.
Num domingo depois do almoço, saiu a caça com o fazendeiro. Municiados e com espingardas suspensas pelas bandoleiras ao ombro, embrenharam-se os dois pelo extenso e tapado capão, "querência certa de muito veado, cutia e quati", como afirmava José Fernandes.
Mas os caçadores não viam um animalzinho sequer que merecesse chumbo grosso, até que em um momento, Fidêncio parou, engatilhou, firmou pontaria, visando a fronde de retorcida guabirobeira. O fazendeiro ergueu os olhos para olhar a caça e um súbito tremor lhe sacudiu o corpo e, de um pincho, estava ao lado de Fidêncio. Mas já era tarde, pois o rebôo do tiro já perdia-se pela mata, a evocar profunda tristeza na quietude frouxa de um mormaço estonteante.

Mas... Felizmente, o atirador havia errado o alvo e o fazendeiro então, desafoga um suspiro de satisfação, dizendo:
-"Meus parabéns!"
-"Parabéns", pergunta boquiaberto Fidêncio Silva.
- "Aguarde-me, que lhe contarei tudo. Sente-se aí nesse tronco e escute-me.”
Foi quando então, José Fernandes, depois de tirar um lenço para enxugar o suor que corria pelo rosto, também sentou preguiçosamente sobre a trançada grama e foi falando:
-"Era inverno, há quinze anos atrás. Havia muita seca e o gado caía de magro. Certa tarde montei a cavalo e saí a costear banhados e percorrer sangas, na esperança de salvar alguma criação que porventura se atolasse ao saciar a sede. Carregava comigo uma espingarda, pois naquele tempo não poupava graxaim. Quando retornava, avistei um bando de gralhas azuis descer à beira de um capão, entre numeroso grupo de pinheirinhos. Aproximei-me vagarosamente e notei que elas revolviam o solo com o bico. Fiz pontaria e aí, a espoleta estraçalhou-se e vários estilhaços vieram dar em meu rosto. Tonteei e caí sobre a macega.



Quanto tempo fiquei desacordado não sei dizer. Porém, antes de recuperar os sentidos, quando o Sol já procurava encobrir-se por detrás do horizonte, algo mágico aconteceu. Revi-me de arma em punho, pronto para fazer fogo. Foi neste momento que a gralha azul, com suas asas brilhantes abertas, o peito a sangrar, veio se chegando a mim. Os pés franzinos evitavam os sapés esparsos pelo chão e o andar esbelto tinha qualquer coisa de divino. Permaneci estático e estarreci ao ouvir os sonoros e compreensíveis sons que aquele delicado bico soltava naturalmente. Dizia ela:
- És um assassino! Tuas leis não te proíbem de matar um homem? E quem faz mais do que um homem não vale pelo menos tanto quanto ele? Pois sou eu a humilde avezinha, entoando a minha tagarelice que faço elevar-se toda essa floresta de pinheiros; bordo a beira das matas com o verdor dessas viçosas árvores de ereção perfeita; multiplico o madeiro providencial que te serve de teto, que te dá o verde das invernadas, que te engorda o porco, que te aquece o corpo, que te locomove dando o nó de pinho para substituir o carvão-de-pedra nas vias férreas. E ignoras como opero! Venha até o local onde interrompeste meu trabalho. Ali está a cova que eu fazia, para depositar nela o pinhão sem cabeça com a extremidade mais fina para cima. Tiro-lhe a cabeça porque ela apodrece ao contato da terra e arrasta à podridão o fruto todo e planto-o de bico para cima a fim de favorecer o broto. Vá e não sejas mais assassino. “Esforça-te, antes, por compartilhar comigo nesta suava labuta.”



Levantei-me então a muito custo e fui até o local escavado pelas aves, uma das quais jazia com o peito manchado de sangue, ao lado de um pinhão sem cabeça. Pude compreender que certeza da visão. Mais adiante, com as mãos remexi na terra revolvida e descobri um pinhão com a ponta para cima e sem cabeça.

José Fernandes, após uma pausa, concluiu:
- "Aí, está, caro Fidêncio, como vim a ser um plantador de pinheiros. Quero valer mais que um homem: quero valer uma gralha azul".




Carnavalesco: Kauê Miron